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O novo governo Lula deve rever as diretrizes para liberação de consignado aos usuários do Auxílio Brasil. Tal informação informação foi confirmada pela futura presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano. Em tese, ela criticou o sistema de liberação de crédito ao público que pertence a este programa social.
“(Revisaremos) principalmente operações de empréstimo consignado do Auxílio Brasil, tanto por suas consequências perversas para a população mais vulnerável quanto pelo impacto das operações no volume de reservas e na liquidez das instituições, afetando a capacidade de geração de novos empréstimos”, disse ela.
Essa não é uma opinião “separada” dentro do novo governo Lula. Nas últimas semanas, vários aliados do novo chefe de Estado deixaram claro que há pelo menos um inconveniente com a liberação desse empréstimo ao público pelo Auxílio Brasil e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda, disse em entrevista coletiva logo após a indicação do nome Serrano que concorda plenamente com o plano de governo do presidente Lula e está ciente dos desafios do sistema de crédito brasileiro.
O crédito consignado Auxílio Brasil funciona como se fosse um empréstimo. O usuário solicita o dinheiro e logo tem que quitar essa dívida na forma de abatimentos mensais nas parcelas recebidas pelo Benefício. Assim, ele ganha menos no programa previdenciário até conseguir quitar a dívida integralmente.
Quais seriam as críticas?
Desde que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começou a falar sobre as possibilidades de lançar um programa consignado para este público, as críticas foram feitas diversas vezes. Organizações da sociedade civil disseram que este sistema poderia piorar ainda mais a situação das pessoas.
O medo é que os cidadãos se endividem mais ao solicitar empréstimos, já que recebem menos a cada mês. Segundo os críticos, os mais pobres solicitariam esse dinheiro para comprar mantimentos e receberiam um valor significativamente menor nos meses seguintes.
Argumentos do ex-presidente referente ao consignado
O ex-presidente Jair Bolsonaro argumenta de forma diferente. Os aliados disseram que a abertura do consignado para esse público poderia atrair pessoas mais humildes para o sistema bancário.
Eles também argumentaram que esses usuários estariam mais seguros solicitando dinheiro a um banco do que se pedissem a um agiota um empréstimo, por exemplo. Contudo, eles disseram também que o empréstimo consignado não é obrigatório, ou seja, a pessoa pode optar por solicitar ou não o saldo.
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