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Programa, que será rebatizado como Renda Brasil, custaria o dobro do atual Bolsa Família e visa criar condições para a reeleição de Jair Bolsonaro após o fim do auxílio emergencial
O ministro da Economia, Paulo Guedes, trabalha para que o chamado Renda Brasil, programa que o governo prepara para substituir o Bolsa Família, comece a vigorar em janeiro de 2020, atendendo a um pedido do presidente Jair Bolsonaro.
Guedes deverá enviar a proposta ao Congresso nas próximas semanas. O programa deve atender de 20 a 21 milhões de famílias no país, de acordo com fontes que participam das discussões do Renda Brasil. O novo modelo prevê o pagamento do benefício às 14 milhões de famílias cadastradas no Bolsa Família, mais 6 ou 7 milhões de famílias que recebem o auxílio emergencial. Hoje, o auxílio de R$ 600 atende a cerca de 60 milhões de pessoas, informa reportagem do Globo.
O programa vai pagar em torno de R$ 300 às famílias assistidas. Estima-se que os gastos do governo nesse campo vão ser de R$ 60 bilhões. Ainda não há dinheiro para isso, considerando o teto de gastos. Por isso, Guedes vai atrelar as discussões sobre o teto de gastos com o Renda Brasil. O tema foi discutido na reunião desta segunda-feira entre Bolsonaro e integrantes da equipe econômica.
Segundo a reportagem, a criação do Renda Brasil deve seguir para o Congresso como uma proposta de emenda à Constituição (PEC), já que vai alterar benefícios hoje previstos na Constituição, como o Abono Salarial, concedido a quem recebe até dois salários mínimos. Esse programa custa R$ 20 bilhões e é considerado pelo governo como pouco focalizado.