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O endividamento e a insolvência das famílias brasileiras também devem aumentar no curto prazo com o aumento dos benefícios, como o Auxílio Brasil. Nas palavras do economista Izis Ferreira, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A possibilidade de os beneficiários do Auxílio Brasil fazerem empréstimos com franquia, recentemente aprovados pelo governo, afeta a continuidade da dívida.
Essa observação foi feita ao comentar os níveis recordes de endividamento e inadimplência contidos na Pesquisa de Inadimplência e Endividamento do Consumidor (PEIC) divulgada na manhã do dia 8.
Na prática, a inflação, ainda menos pressionada do que no segundo trimestre deste ano, deve permanecer em patamar elevado, aliviando os orçamentos familiares para novas compras, que têm menor poder aquisitivo. graças aos altos preços de diferentes gêneros.
Os “Superendividados”
Ao mesmo tempo, o crescimento dos superalavancados, aqueles que têm mais da metade de seu orçamento comprometido com empréstimos, continua a pairar em níveis mais altos e muito mais significativos.
“Do total da dívida, 21,9% têm mais da metade de sua renda em dívida”, disse. Embora inferior a junho (22,2%), ainda não está longe do máximo para esse dado, que era de 26,5% em dezembro de 2015.
A especialista observou que as pessoas que usam o crédito para compor o orçamento familiar – e com a probabilidade de inflação permanecer significativa níveis nos próximos meses, as famílias devem continuar a perseguir esta estratégia.
“O crédito deve continuar a alimentar o consumo nos próximos meses de apoio, embora a inflação deva desacelerar no segundo semestre do ano”, resumiu.
Outro aspecto que ela acompanha é a possibilidade de contratação de empréstimo salarial para beneficiários do programa Auxílio Brasil. Ela explicou que isso pode não apenas aumentar a dívida, mas também levar indiretamente à inadimplência.
As pessoas que são elegíveis para auxílios estatais em muitas situações não possuem a alfabetização financeira necessária para entender os limites de um passivo de empréstimos em seu orçamento, levando-os a inadimplência em outras dívidas, uma vez que a folha de pagamento é descontada automaticamente.